Relatos dum Channer!
Relatos dum Channer!
Percebi que sou um doente, /b/!
Após passar anos em fóruns, anônimos e não-anônimos, descobri-me doente. Não é normal o conteúdo racista e teorias radicais que ando tendo contato. Eu tinha tudo para ser um jovem normal, mas não o sou. Ultimamente tenho adentrado no tradicionalismo/conservadorismo. Estou lendo o quinto livro do Olabo nesse mesmo ano. Estudei três livros do Chesterton.
Sou frequentante do Contra os Acadêmicos e não sei até que ponto algo é normal ou anormal lá. Sei que existem muitos comentários contraditórios a respeito da página e do grupo secreto do qual participo. Disseram-me que o grupo é uma seita de lunáticos que está atrasado com as ideias mais atuais e que estou me envolvendo com pessoas ruins. Não consigo sentir isso no grupo. Dalguma maneira, sinto-me bem lá. Falar-se-ia que lá é o recinto da intelectualidade que eu sempre almejei. Todavia o grupo foi criado por alunos do Olabo de Caralho.
Tudo isso começou na infância. Eu era um rapaz irregular. Tinha problemas em me manter na normalidade que me era imposta. Por ser um garoto agitado e inconveniente, acabei por ser excluído dos grupos sociais e comecei a jogar o meu playstation 1. Em vez de interagir com pessoas, interagia com NPCs.
Mais adiante, ao entrar no ensino fundamental II, comecei a acessar à internet e jogar joguinhos. No tempo, jogava Grand Chase, Lunia e Combat Arms. Logo aprendi a viver sócio-virtualmente e não socialmente. A única realidade que tenho experimentação real é a virtual. Sou, como diria Pierluigi, um autista cibernético. Na internet, comecei a ter contato com a subcultura otaku e aí que os estrangeirismos aumentaram. A subcultura otaku preparou-me para aceitação passiva de toda a degeneração. Se não fosse essa cultura, não me envolveria com travequeiros e pedófilos, nem seria viciado em pornografia.
Dentro da internet, tive contato com o fascismo e anarco-capitalismo, depois migrei para o tradicionalismo católico e, novamente, para o fascismo. Tive, também, um breve período marxista e pós-moderno. Hoje vejo-me como um liberal-conservador.
Hoje em dia, tenho contato com os chamados "olavettes". Falo com pedófilos, racistas mesmo sendo pardo-paixão, antissemitas e teóricos da conspiração. Quando estou na faculdade, advertem-me para não ser tão estranho como eu costumo ser pois isto afasta as pessoas e as oportunidades que posso vir a ter.
Faço acompanhamento no CAPS e já fui internado em Santa Catarina. Relatei esse período em Santa Catarina aqui para os anões e já dissertei sobre o CAPS. Já cheguei a ser internado cinco vezes. Quanto ao futuro, faço licenciatura em filosofia e não sei o que isto me garante. Só acho que vai ser um belo desemprego.
Tenho tornado-me cada vez mais excêntrico graças às leituras indicadas pelo chan e pelo Contra os Acadêmicos. Os mangás, sobretudo o de Inio Asano, contribuíram para isso também. Sou tido como anormal por todos. Ao entrar na faculdade, tive um choque de realidade. A realidade da qual participo enquanto anão e àquela do âmbito acadêmico.
O que devo fazer?
Comentários
Postar um comentário